Descrição enviada pela equipe de projeto. Timisoara é uma cidade de aproximadamente 320 000 habitantes, “uma porta" da Romênia para a Europa Ocidental e uma típica estrutura urbana da Europa Central. Também é uma cidade bastante rica em aspectos multiculturais e multiétnicos; podemos nos referir à sua tradição como um centro de vanguarda nas artes e também na tecnologia. Todo o centro histórico está passando por um processo de restauro, modernização e regeneração do espaço público; alguns projetos estão em curso, outros acabam de ser inaugurados.
Os edifícios de escritórios inaugurados até agora representam as quatro primeiras fases de um complexo de cinco edifícios, galeria principal, átrios, entre outros que vão substituir pouco a pouco o edifício da antiga indústria têxtil, em um terreno de 1,482 hectares. O projeto inteiro é um desenvolvimento especulativo. O segundo edifício é gêmeo do primeiro e juntos conformam a parte leste do conjunto. Os outros edifícios restantes estão prestes a ser inaugurados e irão finalizar esta "pequena cidade" modular.
Como primeiros passos, estes foram importantes experiências para nós, arquitetos e construtores; cada edifício foi erguido em um terreno de 2.200 m, uma vez que o terreno original foi dividido em cinco. Peças de um futuro conjunto coerente, os dois primeiros edifícios gêmeos são caracterizados por regras comuns à todo o conjunto: sobreposição das diferentes camadas funcionais, um subsolo com garagem e instalações técnicas, o térreo e mezanino dedicados ao comércio e serviços, os cinco primeiros pavimentos e coberturas para escritórios classe A.
Juntos, os edifícios definem uma porta de entrada para a praça do City Business Centre, com uma galeria de pedestres. O terceiro edifício compõe junto com estes um grande conjunto que funciona em escalas diferentes, há a ambiguidade entre a regra de soma e repetição das partes autônomas e a regra do grande edifício segmentado em partes: uma equilibrada escala urbana de todo o conjunto foi um dos escopos do projeto.
Uma padronagem em camadas caracteriza os volumes de cada edifício: os mezaninos definem um componente horizontal dominante integrando com o todo, os terraços verdes sobre eles se tornam um térreo 'privado' para cada edifício, além dos terraços e decks no pavimento de cobertura que se tornam uma terceira área de estar. Vidro, azulejos, mármore, andesito cinza e madeira são alguns dos materiais externos.
As duas camadas da fachada permitem o surgimento de galerias, e criam um espaço transparente de transição de fácil manutenção. Estas galerias, aliadas ao mezanino horizontal também definem um padrão rítmico do revestimento cerâmico, elemento tradicional desta região. A iluminação indireta e artificial das lamelas de vidro criam diferentes cenários coordenados pelos sistemas BMS e geram a camada de pulsação dinâmica.